sexta-feira

Diga 'NÃO' à tourada na Guarda! - Say 'NO' to the bullfight in Guarda!

DIGA "NÃO" À TOURADA NA GUARDA!


V E R G O N H O S O !


Dirigido  à 



Agência para a Promoção da Guarda - Guarda ConVida, à Empresa Toiros 

& Cultura, à Câmara Municipal da Guarda e a todos os patrocinadores que 

constam no cartaz.





"Touradas: violência como espectáculo.


Até que ponto, em nome da “cultura” de um país, devemos aceitar, de braços em riste e com um sorriso escancarado, a tortura e a morte de um animal indefeso? 

Texto de Ana Chaves • 03/05/2012 - 16:46

No passado domingo, dia 29 de Abril de 2012, o cavalo Xelim de Rui Fernandes morreu durante a corrida Real Maestranza, em Sevilha, vítima de uma cornada tão violenta que lhe deixou as vísceras de fora. Posto isto, Rui Fernandes, digno de um notável respeito pela vida animal, decidiu matar o touro, cortando-lhe uma orelha, com petição de segunda.
Disseminada a imagem em que o toureiro segurava a orelha do touro que acabara de sacrificar, os comentários na página oficial de Facebook do próprio começavam a multiplicar-se. Se para uns gerava a mais profunda comoção pela perda de um animal “tão nobre quanto o cavalo”, lia-se por lá, por outro, a indignação multiplicava-se na caixa de comentários do “herói” da Caparica. Mas as críticas não haviam de lá permanecer por muito tempo, mesmo as não insultuosas.

Crendices seculares, tradição,
herança cultural ou simples desfile  cruel e venal, a tourada  representa uma das facetas mais sombrias da natureza humana.

O que muitos não sabem (ou fingem não saber) – e atenção que isto pode conter “spoilers”! – é o que se passa antes da cena que move os aficionados à praça. Cerca de 24 horas (muitas vezes mais) antes da tourada, o touro é colocado num recinto minúsculo, fechado, sendo privado de água e comida, ao mesmo tempo em que lhe são colocados pesos hiperbólicos nas costas e administrados laxantes que originam a rápida desidratação.

Como se isso não bastasse, e não raras vezes, as pontas dos cornos são serradas, ficando o animal sensível ao mais leve toque, agudizando a sua dor. Para além disto, os olhos são molhados com um líquido que lhe dificulta a visão. É assim que o touro, debilitado, é levado para a praça. É assim que o touro é, ainda, perfurado por bandarilhas que lhe dilaceram as entranhas para gaudio e regozijo de muitos.


E antes que as críticas a esta crónica se iniciem, parece-me pouco justo dizer que a tourada é similar à exploração de gado para consumo, ao negócio das peles, ou outros que tais. Há ainda quem diga que se não fossem os toureiros já não existiam touros, dada a extinção da raça taurina brava. Esta afirmação está na mesma linha de raciocínio de que quem defendia as vítimas de tortura era o torcionário.

Mas se queremos manter as tradições, voltemos à Inquisição e à morte na fogueira, voltemos ao Circo Romano onde os cristãos cantavam, sem temor, enquanto aguardavam a morte."




Antes de abrir a hiperligação, por favor, ligue o som!





          E a VERGONHA continua...

Fonte: Sexta-feira, 22 de Junho de 2012

Diário as Beiras.pt


"Associação da Guarda de proteção dos animais pede cancelamento de tourada.

A Associação Guardense de Proteção de Animais “A Casota” criticou hoje a realização de uma tourada no dia 24 de junho, promovida pela Agência de Promoção da Guarda (APGUR), e propôs o cancelamento da iniciativa.

“Não concordamos com a realização dessa tourada”, disse à agência Lusa Teresa Durán, presidente da direção daquela associação, acrescentando que “A Casota” defende que o evento seja cancelado e que a APGUR recue na sua decisão de promover a corrida de touros.

A tourada está agendada para as 17H00 do dia 24 de junho, no âmbito da feira anual de São João, devendo realizar-se numa praça de touros amovível a instalar na zona do parque industrial da Guarda.

A direção de “A Casota” emitiu um comunicado, no qual considera que a realização da tourada “é, a todos os títulos, incompreensível”.

Para a associação, trata-se de “um escusado retrocesso civilizacional, à escala de uma cidade onde nem sequer a questão da tradição poderia ser invocada”.
Aponta que “não existe na Guarda uma praça de touros – esta tourada está prevista para decorrer numa praça desmontável onde as condições de segurança são certamente questionáveis – e não existe nesta cidade qualquer tradição tauromáquica”.

A cidade acolhe um evento desta natureza “numa altura em que por todo o mundo locais com tradição tauromáquica (casos do México e da Catalunha) decidem dar passos no sentido de proibir estes espetáculos de morte e sangue”, acrescenta o comunicado de “A Casota”.

Quando “autarcas corajosos” proíbem touradas nos seus concelhos e cidades “se declaram oficialmente” anti touradas, a Guarda “retrocede, apouca-se e envergonha-nos”, refere a Associação Guardense de Proteção de Animais.

Como a APGUR é financiada pela Câmara Municipal da Guarda, a associação julga “insultuoso que uma autarquia com tantos problemas financeiros”, e num momento “tão difícil” como aquele que o país atravessa, invista “num espetáculo que, além de dispendioso, é degradante, substituindo-se ao setor privado”.

Segundo Teresa Durán, a associação que dirige não tem “qualquer manifestação” prevista para o dia da tourada, deixando “essa opção ao critério das pessoas que estão contra” a iniciativa.


Confrontado com a situação, o gestor da APGUR, António Saraiva, disse à agência Lusa que aquela entidade – criada para divulgar e dinamizar a cidade – continua “com o evento agendado”, não estando previsto o seu cancelamento.

“A tourada, enquanto espetáculo que tem a ver com as tradições portuguesas, nomeadamente com esta zona raiana, também é um meio de trazer gente à cidade e de dinamizar a cidade [da Guarda]“, justificou.

António Saraiva lembrou que o evento tauromáquico se insere no âmbito do calendário de ações realizadas com a intenção de “dinamizar a Guarda e o centro urbano” e com a tentativa de “abarcar vários setores e sensibilidades”, salientando que também já foram promovidos eventos desportivos e culturais."





“Não é Arte nem Cultura – Tourada é Tortura.”



"Cultura é tudo aquilo que contribui para tornar a humanidade mais sensível, mais inteligente e civilizada.


A violência, o sangue, a crueldade, tudo o que humilha e desrespeita a vida jamais poderá ser considerado "arte" ou "cultura". 


A violência é a negação da inteligência.

Uma sociedade justa não pode admitir actos eticamente reprováveis (mesmo que se sustentem na tradição), cujas vítimas directas são milhares de animais.

É degradante ver que nas praças de touros torturam-se bois e cavalos para proporcionar aberrantes prazeres a um animal que se diz racional.

Portugal não se pode permitir continuar a prática do crime económico que é desperdiçar milhares de hectares de terra para manter as manadas de gado, dito bravo. A verdade é que são precisos dois hectares de terreno, o equivalente a dois campos de futebol, para criar em estado bravio cada boi destinado às touradas. Ora isto é tanto mais criminoso quando Portugal é obrigado a importar metade da alimentação que consome. Decerto os milhares de hectares desperdiçados a tentar manter bois em estado bravio, produziriam muito mais útil riqueza se aproveitados em produção agrícola, frutícola, etc. 

Uma minoria quer manter as touradas e as praças de touros, bárbara e sangrenta reminiscência das arenas da decadência do Império Romano.
De facto nas arenas de hoje o crime é o mesmo: tortura, sangue, sofrimento e morte de seres vivos para divertimento das gentes das bancadas.
Como pode continuar tamanha barbaridade como esta, das touradas, no século XXI?

Só pode permanecer como tradição o que engrandece a humanidade e não os costumes aberrantes que a degradam e a embrutecem.
Não seja responsável pela tortura.

Não assista a touradas!”


Fonte: Liga Portuguesa dos Direitos do Animal






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